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Proteja seu patrimônio e garanta seus direitos na união estável

Você vive em união estável e quer vender ou comprar um imóvel? Você sabe quais são os seus direitos e deveres nessa situação? Você sabe se precisa da autorização do seu companheiro ou companheira para alienar ou adquirir um bem imóvel? Você sabe como proteger os seus interesses e os do seu parceiro ou parceira em caso de separação ou falecimento?

Proteja seu patrimônio e garanta seus direitos na união estável

A união estável é uma forma de constituir família, reconhecida pela Constituição Federal e pela legislação civil, que se caracteriza pela convivência pública, contínua e duradoura entre duas pessoas, com o objetivo de constituir uma vida em comum.

A união estável gera diversos efeitos jurídicos, especialmente no que se refere ao patrimônio do casal. Por isso, é importante que os companheiros estejam atentos às regras que regem a administração, a disposição e a partilha dos bens adquiridos durante a união estável.

Neste artigo, vamos explicar como funciona a alienação de bens durante a união estável, quais são os requisitos, as condições, as vantagens e as desvantagens dessa prática, e como a Humberto Pradi Advocacia pode ajudá-lo a resguardar os seus direitos e os do seu companheiro ou companheira.

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Guia do Conteúdo

Entenda a Importância de Regularizar a Situação do Casal

A união estável tornou-se uma das formas mais comuns de convivência entre casais no Brasil, especialmente por sua flexibilidade e menor burocracia em comparação ao casamento. Porém, a ausência de formalização e regulamentação claras pode trazer sérias consequências, principalmente quando se trata da divisão de bens em casos de separação. Recentemente, uma decisão da 1ª Vara da Família e Sucessões do Foro Regional III, em São Paulo, trouxe luz a um tema crítico: a partilha de bens em uniões estáveis não regulamentadas.

Caso Recente: A Partilha de Bens em União Estável

No caso julgado, uma mulher reivindicou e conseguiu judicialmente 50% dos bens adquiridos durante sua união estável com o ex-companheiro. A disputa começou quando o homem alegou que um acordo informal previa que ele ficaria com o patrimônio, enquanto a mulher receberia uma pensão vitalícia. Porém, sem formalização do acordo, a mulher buscou seus direitos na Justiça.

A decisão foi baseada no artigo 1.725 do Código Civil, que estabelece que, na ausência de contrato escrito, a união estável está sujeita ao regime de comunhão parcial de bens. Nesse regime, todos os bens adquiridos durante a convivência são divididos igualmente entre as partes, salvo aqueles que comprovadamente não derivam de esforço comum.

Um ponto-chave analisado foi o momento da separação de fato, que define o fim do regime de bens na união estável. Essa separação ocorre quando o casal deixa de compartilhar uma vida em comum, marcando o término da convivência e o início da contagem do patrimônio individual.

Por que Formalizar a União Estável?

A falta de formalização da união estável pode levar a situações como a relatada, onde a ausência de documentos ou contratos deixa espaço para disputas judiciais longas e desgastantes. Formalizar a união, seja por meio de escritura pública ou contrato, oferece várias vantagens:

  1. Definição de Regime de Bens: O casal pode optar pelo regime de separação total, comunhão parcial ou até estabelecer regras personalizadas sobre o patrimônio.
  2. Planejamento Patrimonial: A formalização permite maior clareza sobre a gestão de bens, especialmente em casos de aquisição de imóveis ou investimentos.
  3. Prevenção de Disputas Judiciais: Com um contrato bem definido, os direitos e deveres de cada parceiro ficam claros, evitando litígios futuros.

Como Regularizar a União Estável?

A formalização pode ser feita em cartório por meio de uma escritura pública ou por contrato particular com reconhecimento de firma. Em ambos os casos, é recomendável a orientação de um advogado especializado para garantir que os termos reflitam os interesses de ambas as partes e estejam alinhados à legislação vigente.

Conclusão

A decisão recente reforça a importância de um planejamento patrimonial cuidadoso em uniões estáveis. A regulamentação não apenas protege os direitos dos parceiros como também promove a segurança jurídica, prevenindo conflitos e facilitando a resolução de questões patrimoniais.

Se você vive em união estável, considere buscar orientação jurídica para formalizar sua situação e proteger seu patrimônio e o de seu parceiro. Afinal, o investimento em segurança hoje pode evitar dores de cabeça no futuro.

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